As imagens abaixo são de uma planta e fruta chamada melão-de-são-caetano,
fotografada na Escola Salomão Clementino de Faria.
Ao vê-la fiquei surpresa por causa do tamanho: enorme, nunca tinha visto igual!
Lembro-me do então conhecido "são-caetano" quando eu era criança. A fruta era do tamanho de um dedo indicador adulto, portanto bem menor do que esta da foto. Eu e meus irmãos e irmãs comíamos as sementes, muito doces e vermelhas - cor de sangue. Gostosas lembranças!
Embora as sementes desta grande fruta sejam da cor daquela de minha infância, o gosto é bem diferente - sem sabor e sem graça. E isso me deixou um pouco decepcionada, pois fui com muita sede à fruta relembrando aquelas tão docinhas da infância.
Com isso fiquei a pensar o seguinte: as experiências na infância estão guardadas em valores na memória, e são únicas. Muitas vezes desejamos revivê-las tal como eram (as agradáveis, claro!), mas, como estas fotografias, as sensações são impossíveis de serem materializadas. Embora a identidade continue e não se apague, como a brasa do carvão, não serão sentidas materialmente como antes, em fogo. Fato é que estão vivas para sempre na memoria, mas em estado de dormência a ser cutucada por uma sensação que a desperte como lembrança.
Através de algumas leituras, aprendi que o melão-de-são-caetano (frutas e folhas) é também usado como planta medicinal. Há pesquisas que comprovam a sua eficácia para o tratamento da diabetes tipo II.
No link ao final desta postagem você poderá encontrar um excelente conteúdo sobre o assunto.